sexta-feira, agosto 11, 2006

O petróleo não é nosso, é do Governo!


Quero colocar um comentário que está no blog do Rodrigo Constantino, a respeito da Petróbras, comentário feito por Maurício:

"Não precisa ir muito longe. Estive em Buenos Aires durante o carnaval. Saindo do aeroporto internacional dei de cara com um posto Petrobrás. A gasolina Pódium custava 2,20 pesos ou, se preferir, 1,65 reais. Que tal? Los hermanos pagam a metade.

Os argentinos deveriam esbravejar contra o capitalismo selvagem e imperialista da Petrobrás que está lá explorando o pueblo. E somos auto suficientes (haha).

Quer detalhes dos custos?

Vamos lá:
1/ Gasolina "A" 800ml (pura, vendida pela Petrobras)= 0,80
2/ Alcool anidro 200 ml (20% misturado à gasolina)= 0,24
3/ TOTAL = 1,04
4/ CIDE - PIS/COFINS (IMPOSTOS FEDERAIS)= 0,44
5/ ICMS (IMPOSTO ESTADUAL)= 0,64
6/ TOTAL DE IMPOSTOS (104% DO PREÇO BRUTO!)= 1,08
7/ TOTAL (CUSTO + IMPOSTOS)= 2,12
8/ LUCRO DA DISTRIBUIDORA (EM MÉDIA POR LITRO)= 0,08
9/ FRETE (EM MÉDIA POR LITRO)= 0,02
10/ LUCRO DO POSTO (EM MÉDIA POR LITRO)= 0,25
11/ VALOR NA BOMBA COM IMPOSTOS = 2,47
12/ VALOR NA BOMBA SEM IMPOSTOS = 1,39

Se você consome 200 litros de gasolina por mês (1 tanque por semana), o bolo fica assim dividido:

Dono do carro (você, otário #1): PAGA: 494,00
Dono do posto (empresário capitalista selvage, otário #2, explorador da mão de obra do frentista): GANHA 50,00
Dono do caminhão (ainda bem que tamparam os buracos, otário #3): Ganha 4,00
Petrobrás (Auto suficiente, eficiente e enxuta, só tem profissional de primeira): Ganha 16,00
Governo (no commets): Embolsa 216,00 sem fazer nada, literalmente falando.

Então vamos ao governo socialista distribuidor de renda. Eu não tenho os dados exatos aqui, se alguém tiver faça as contas. É sabido que o aumento dado na bomba foi menor que o aumento do preço do barril nos últimos 36 meses. Quem está subsidiando a diferença? O pobre coitado que não compra gasolina.

-Quem é esse?
--Ora, quem não tem carro.
-Como?
--Impostos.
--Mas pobre não paga.
-Então tá, ninguém repassa custos".